sábado, 1 de maio de 2010

Desastre no Golfo do México é maior que o estimado


O desastre ecológico no Golfo do México pode ser cinco vezes maior que o estimado, já que alguns especialistas acreditam que o poço aberto em alto-mar está derramando a cada dia 4 milhões de litros, e não 800 mil como anunciou o Governo dos Estados Unidos.
Se confirmadas tais previsões, a catástrofe provocada pela explosão e afundamento de uma plataforma de petróleo da British Petroleum poderia superar facilmente o desastre do derramamento gerado pelo navio Exxon Valdezm, em 1989.
Vários veículos de comunicação americanos, entre eles o "Wall Street Journal", publicam neste sábado (1º) o estudo de Ian MacDonald, professor de oceanografia da Universidade da Flórida, que é especializado no acompanhamento das filtragens de petróleo em alto-mar utilizando imagens por satélite.
Os resultados do estudo do especialista desenham um panorama muito pior que o que está sendo elaborado pela própria BP e pelo Governo, que estimam que o poço que permanece aberto a 1.500 metros de profundidade no Golfo do México está derramando a cada dia 800 mil litros de petróleo.
Na sexta-feira, 30 de abril, o diretor da BP Doug Suttles reconheceu, em entrevista coletiva na Louisiana, que a estimativa da quantidade de petróleo derramado é 'altamente imprecisa'.
Para o professor de oceanografia o vazamento é cinco vezes maior. Segundo seus cálculos, a cada dia estariam fluindo do poço 4 milhões de litros e, por isso, no momento podem estar flutuando no litoral sul dos EUA 34 milhões de litros de petróleo.
O número ainda está abaixo da catástrofe protagonizada em março de 1989 pela embarcação americana Exxon Valdez, que bateu contra um recife no Alasca e jogou na água 42 milhões de litros de petróleo. A maré negra afetou 6 mil quilômetros quadrados e deu lugar ao maior desastre ecológico da história dos EUA.
O Departamento do Interior calcula que podem ser necessários 90 dias para vedar o poço petrolífero. Caso a previsão seja cumprida, ficariam flutuando no mar 360 milhões de litros de petróleo, quase nove vezes mais que o que foi derramado pelo Exxon Valdez.

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