sábado, 12 de novembro de 2011

Defensoria entra com habeas corpus para suspeito de furtar latas de atum

Rapaz teve prisão decretada após se atrasar para audiência em fórum.
Para defensora, processo deve ser arquivado devido a baixo valor dos bens.

 


A Defensoria Pública de São Paulo entrou na quinta-feira (10) com um pedido de habeas corpus em favor de um rapaz de 29 anos, acusado de tentar furtar quatro latas de atum e uma lata de óleo. Juntos, os produtos somam R$ 20,69. Na véspera, quarta-feira (8), ele havia sido condenado à pena de um ano e seis meses de prisão pela juíza da 9º Vara Criminal da Capital pelos furtos.
Como ele não estava presente à audiência,  por ter se atrasado, a juíza determinou que o rapaz fique preso enquanto tramitar recurso da Defensoria contra a condenação. O rapaz mora na Zona Leste da cidade e alega que demorou mais de três horas para chegar ao Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste. Quando ele se apresentou, foi preso na hora.
A defensora pública Paula Barbosa Cardoso esclareceu a situação à Juíza Patrícia Alvares Cruz, mas a prisão foi mantida, segundo informações da assessoria de imprensa da Defensoria Pública. No pedido de habeas corpus, a Defensoria argumentou que, conforme decisão anterior do Supremo Tribunal Federal (STF), em função do baixo valor dos bens e de sua natureza alimentícia, deve ser aplicado o princípio da insignificância para arquivar o processo criminal.
A defensora também destaca que a pena de prisão em regime fechado é excessiva e, por essa razão, ele deve continuar respondendo ao processo em liberdade – inclusive por ter comparecido à Justiça na data agendada. O pedido liminar do habeas corpus deve ser apreciado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário