Queria saber o que levou à liberação de 15 estelionatários que foram detidas na tarde de quarta-feira (9), na cidade Feira de Santana, os estelionatários falsificava documentação para dar entrada no Seguro Desemprego, além de outras falsificações, como cartões de crédito e talões de cheques, entre outros documentos apreendidos pelos militares.
“Hoje (ontem), toda a cidade ouviu os questionamentos dos repórteres sobre o motivo de todas as pessoas conduzidas para delegacia terem sido liberadas em pouco tempo. Os policiais militares ainda se encontravam na 2ª Delegacia, apresentando as documentações com indícios de falsificação – já que não teve tempo suficiente para que a Polícia Civil fizesse uma pequena investigação ou dessem mais ênfase à operação – quando eles foram liberados. O mais grave é o fato de os militares apresentarem fartas documentações com indícios de fraude”, afirmou, mais uma vez, o militar.
CHORO DE REVOLTA
A reportagem do Folha do Estado flagrou o momento em que um dos policiais chorou de desgosto, em revolta contra a liberação instantânea das 15 pessoas que foram conduzidos para delegacia com suspeita de estelionato. “O que está acontecendo aqui é que o estelionatário comprovado, mal foi apresentado aqui na delegacia, já foi liberado; enquanto que a guarnição que atuou na operação permanece aqui”. Indignado, o policial ainda desabafou: “Como é que pode 15 homens ser flagrados com documentos falsos, vários cartões de créditos, cartões Cidadão, talões de cheques falsos e ainda serem liberados? Quer dizer, então, que a PM fez papel de palhaço nessa operação?”.
“NÃO FOI CRIME”
O coordenador da Polícia Civil de Feira de Santana, delegado Ricardo Brito, afirmou em entrevista coletiva que o crime de estelionato só é configurado quando a vitima comparece à delegacia, ou existam denúncias. “Os policiais militares conduziram 15 pessoas para 2ª Delegacia e apresentaram uma farta documentação de um escritório de contabilidade. O delegado plantonista (Luiz Lapa) entendeu que, por não ter comparecido nenhuma vítima, ela não existe. Quanto à documentação, que precisa ser analisada tecnicamente, foi encaminhada para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para um Laudo Técnico, com o objetivo de determinar o procedimento a ser tomado”, disse o coordenador. Ricardo Brito também afirmou os 15 acusados e os policiais que participaram da operação foram ouvidos e que também foi instaurado um inquérito regular. Estima-se que os 15 detidos foram e alguns policiais foram ouvidos em apenas duas horas. Chega-se à média espantosa de apenas seis minutos de ouvida para cada um dos participantes, policiais e detidos.FONTE (FOLHADO ESTADO)
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