sábado, 28 de agosto de 2010

Itamaraty confirma o nome do brasileiro entre os mortos na chacina do México


O Itamaraty confirmou um brasileiro entre os 72 imigrantes latino-americanos mortos na chacina no estado de Tamaulipas, nordeste do México. Segundo o Itamaraty, foi encontrado no local o corpo de Juliard Aires Fernandes, de 20 anos, que é de Minas Gerais. Outro documento de origem brasileira foi encontrado com as vítimas pertencente a Hermínio Cardoso dos Santos, de 24 anos, também de MG. Mas o corpo ainda não foi identificado.
Até sexta-feira, 31 dos 72 corpos já tinham sido reconhecidos - entre eles 14 hondurenhos, 12 salvadorenhos, quatro guatemaltecos, além do brasileiro. As tarefas prosseguem neste sábado, embora, até o momento, não tenham sido divulgados detalhes.
O massacre ocorrido em Tamaulipas foi atribuído por um sobrevivente equatoriano a integrantes do cartel Los Zetas. Dos 400 mil imigrantes que atravessam o México para chegar aos Estados Unidos, "a maioria é vítima de redes internacionais de contrabando, do tráfico de pessoas e de drogas; muitos não conseguem chegar a seu destino", denunciou em Genebra Navi Pillay, titular do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (Acnudh).Investigador assassinado
Tamaulipas converteu-se no cenário de alguns dos episódios mais violentos relacionados ao narcotráfico em meio à disputa por rotas e territórios do cartel do Golfo com o grupo rival, Los Zetas.Um agente do Ministério Público que investigava o massacre - o maior desde que o governo lançou uma campanha contra os cartéis do narcotráfico - apareceu morto na sexta-feira, um dia após seu desaparecimento, informou o jornal "El Universal".
No popular balneário de Acapulco, no Pacífico, foram encontrados em diferentes pontos corpos de 14 pessoas executadas, todos amordaçados, e acompanhados de mensagens dirigidas a narcotraficantes rivais, disse um porta-voz da Secretaria de Segurança Pública do estado de Guerrero.Em meio à onda de assassinatos pela violência do narcotráfico, mais de 28 mil pessoas foram mortas em todo o país, incluindo civis inocentes, desde dezembro de 2006.
O presidente Calderón disse nesta sexta-feira (27) que seu governo continuará enviando forças federais a Estados e municípios "para conter a ação dos criminosos", como parte das operações antidrogas lançadas há quase quatro anos. Com informações do G1

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